domingo, 8 de setembro de 2013

Artesanar-se

Embora o tempo escorra teimosamente de minhas mãos,
embora quem eu queira que permaneça, se vá,
por mais que as feridas se cicatrizem e as dores fantasmas ardam,
eu contínuo nutrindo aquilo que me faz viver:
a poesia escondida em cada recanto inesperado,
o artesanar-se da vida sempre a fluir...
Voar sem ter asas,
mergulhar naquilo que não existe.
Eu tenho o mundo em minhas mãos,
e o mundo, que pena, não me tem.

Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...