Embora o tempo escorra teimosamente de minhas mãos,
embora quem eu queira que permaneça, se vá,
por mais que as feridas se cicatrizem e as dores fantasmas ardam,
eu contínuo nutrindo aquilo que me faz viver:
a poesia escondida em cada recanto inesperado,
o artesanar-se da vida sempre a fluir...
Voar sem ter asas,
mergulhar naquilo que não existe.
Eu tenho o mundo em minhas mãos,
e o mundo, que pena, não me tem.

 
