quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Eu sou a estrada


Eu ando por lugares desertos buscando a solidão despovoada,
eu pinto paisagens na memória, com resoluções de aquarela
de alto teor abstrato.
Eu sigo por caminhos sombrios, protegidos por rios e almas,
porque é a natureza quem me fende, me defende,
quem me define, quem me prende.
Sigo o rumo, perco o prumo,
a estrada está em mim,
permanece em mim:
eu sou a estrada.
Sigo, caminhante de mim mesma...
Vou, perscrutando minhas próprias fendas...
R(E)xisto eu em mim.

  

domingo, 2 de fevereiro de 2014

GLOBALIZAÇÃO


A lixeira cheia de uns, 
é o prato vazio de outros...
A nobreza comprada
interfere na dignidade perdida...
Divisões de classes, de cores, de cortes, Horrores...
Assim segue nossa evolução:
a cada mil árvores podadas,
alguns graus à mais no termômetro,
alguns infartes nos dados,
algumas gramas à menos na consciência.
Resta então mais consumismo e menos sapiência???



Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...