quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Vinho e Cama

Quando mergulho num Merlot
encharco minha alma
das doçuras e aromas mais intensos.
Floreio a existência, e desejosa
de tantos atos e sonhos
naufrago na cama,
este espaço-tempo que aconchega os desejos meus mais inóspitos e carnais.

Mais um gole e o corpo parece queimar...
A face rubra, o corpo quente e a mente em chamas.
Um Merlot não embriaga!
Apenas reverbera as eufonias e cacofonias da alma
para em erupção, um vulcão despertar.

-Evoé!
Saúdo as bruxas, feiticeiras, sacerdotisas
que despertas, residem na minha cama.
Eu sou todas elas!
E elas, todas vivas, se abrigam na delícia
dessa mistura entre vinho, corpo e cama.

Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...