segunda-feira, 11 de abril de 2011

pesado voar

É como se eu não estivesse aqui em mim,
é como seu eu flutuasse, mesmo pesada!
É como se eu desconhecesse os meus,
os meus olhos pesam mais que meu corpo
mas isto não torna-se motivo que impeça meu voar...
É como se minha solidão virasse contra meu peito,
impedindo-me de respirar,
pensar, filosofar, poetisar...
Agora estou em meio a nuvens, que sempre pareceram ser de algodão,
meus pés não querem o chão,
minhas mãos não querem matéria alguma,
meu corpo não quer ser corpo,
minha mente, sempre, por aí pairará...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Eu (d)eus eu

Perdida em mim, por aí,
voltas e voltas, permaneço ali... aqui.
Eterno retorno, devir, ciclo hermenêutico... será?
Num canto, canto meus demônios,
desafio meus santos,
sou eu (d)eus.
Em meio ao verde, perco-me,
nos tons de terra, planto-me...
Quem me regará?
Me podará?
No mesmo canto que não é mais o mesmo
canto meus demônios,
que são tantos,
desafio meus santos, e,
constantemente,
sou (d)eus eu.

Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...