domingo, 1 de julho de 2018

...Estado reticente...

A lua sobe, e cá embaixo, na solidão da noite, busco encontrar algo que tem se mantido ausente,
silente...

Fito o céu noturno:
Lá fora, uma lua branca, inteira, cheia... Com poucas estrelas, a brisa tímida passeia.

Por aqui, mantenho-me calada, imóvel, apenas ouso respirar.
Sinto um vazio, perdida,
Sem ao menos saber navegar.
Os ruídos longínquos, quebram a parcimônia da noite, e através deles, revisito minhas ruínas.

Há vestígios em pó de medos, inseguranças, dúvidas, inquietações e tanto mais.

Estou viva.
Estou silente.
Estou ausente.

-Estado inexplicável de reticências.
...
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Um comentário:

Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...