Mãe, eu quero ser poeta!
Quero o doce fardo de carregar água na peneira,
De se encantar pelos despropósitos a
E com palavras, peraltagens criar.
Ôh mãe, eu quero ser poeta!
Quero me graduar na ciência 
Louca de desenhar versos,
E, me empregar das levezas, bobices e desencantos...
Ah, deixa-me ser poeta...
Deixa-me voar e entrar nos abismos,
Colher as palavras como quem colhe
Frutas adocicadas no quintal.
Ah, mãe...
Não me encaixo no padrão
Sou torta, pássaro selvagem, sem ninho
Mas como o do diabo, o pão,
Pelo simples ato de querer ser poeta!
 
  
 
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