sábado, 28 de dezembro de 2019

livr'amante

Nua, emaranhado corpo negro, nos lençóis alvos Ouço o tic das horas avançar, Como qual me chamasse Em tom seduzente. Eu, a mais loba das mulheres Talvez, a mais boba, também Tenho nos lábios a poesia rubra tingida, E no colo, a liberdade inquieta adocicada. Trago o vinho, como se fosse a boca do meu amante: Um poeta, um palhaço, um artista, talvez... mas sei, sempre sei que nas suas páginas, sempre haverá um amante para chamar de meu.

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Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...