Quando escrevo, não imponho limites:
Me derramo, me desvelo,
A poesia então num ato de cerzir
Emenda minha existência com a dela.
Siamesas, gêmeas,
Filhas da mesma cepa,
de tantos pais e mães.
Quando escrevo, não me envergonho:
Das minhas vulnerabilidades
A poesia pulsa, lateja,
E como sangria corrente
Devasta-me do cerne à cerviz.
Recomposta das feridas, cicatrizadas
Sou matéria, obra-prima, raiz.
Indecisa,
Não sei ao certo se crio ou sou mera cria dela.
Caminhante erma, de estradas e cirros,
Faço da poesia o meu condão:
É aqui que me dispo,
Sendo o que sou
Me revelo,
Me faço verso e revolução.
A sua poesia é sempre doçura revolucionária! Avante!
ResponderExcluirRecomponho-me como uma alma gêmea em teus versos. Escrever é um ato de coragem, é rebelar-se, é Ousar, é se perder, é CRER; é esperança. Persevere!
ResponderExcluirSendo o que és, se revela... construto de palavras ou a própria poesia encarnada, feito verbo!
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