quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Rosas arrancadas

Arranquei as rosas e as pus sobre mim.
Não me deti às dores causadas pelos espinhos,
ao aroma que exalavam,
às cores que pulsavam...
Arranquei as rosas e as pus sobre mim:
não feri minhas mãos tanto quanto meu coração,
não sujei-as tanto quanto meus pés,
mas as arranquei...
Nem por amor, nem por dor,
por nada,
apenas por meu querer,
pra satisfazer meu ego
e vê-las,
junto a mim, faceler...
arranquei as rosas e as pus sobre mim:
para amenizarem minhas dores,
sanar as carência,
apagar as ausências
e me ouvirem falar.
Eis o único motivo simplório
pelo qual matei-as:
matei-as para verem elas também o meu sucumbir...

3 comentários:

  1. hoje é dificil achar amigos verdadeiros ao qual podemos contar nossas dores mais oucultas essa metafora da rosa foi facinante!!!!!


    abraço!!!!

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  2. Abraço e xêro bem gostoso pra ti, querido! Uma novidade vc aki comentando... e quando achamos, eles sempre se vão! Isto é uma denúncia à uma situação que enfrentei recentemente... mas passou, por mais que ainda retem dores, passou. Atualmente tenho somente as rosas!!!!

    "Durma medo meu..." (TM)

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  3. Mais um Ano Novo vai chegar a esta estação.
    Se você não puder ser a maquinista, seja então a mais divertida passageira.
    Procure um lugar próximo à janela desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
    Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir.
    Procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons mutantes de paisagem.
    Desdobre o mapa e planeje roteiros.
    Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida. E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite.
    Desembarque nela os seus sonhos...
    Meu desejo é que a sua viagem pelos dias do próximo ano seja...

    ... cheia de aventura e prosperidade!!



    FELIZ 2011!!

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Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...