terça-feira, 7 de dezembro de 2010

B(r)anco Homem

Foram-se...
os frutos, os homens, as brisas;
Jazem ausências, solidões,
vácuos desbotados, envelhecidos,
caixões dispostos a nos acolherem,
sopros vitais desgastados...
A praça permanece, o banco permanece
o homem que ali fazia-se sentado
esta tarde voou.
As folhas caem, as árvores morrem,
as flores murcham,
o homem foi-se,
mas ali, olhe atentamente,
o banco permanece, em seu metal duro...
foram-se e lá está ele.

2 comentários:

Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...