
Espiada por olhos negros
a pele, entrelaçada como qual uma rede de pescar:
pesca corpos, pesca libido, pesca pecado.
O seio desejoso de toque,
a matéria que se retorce,
a santidade que se esvai no topor do momento
evapora...
Que será santidade, senão fantasia?
Diga-me então: pode o teu pecado ser meu?
Sem complexidades o ser humano não sobrevive,
e só de fundamentalismo um puritano gladia com um ignorante.
Deixe que esses olhos nos devorem
e na falta do que fazer, a moral
se recolha, fuja
e não mais volte bater em nossa porta! 
 
 
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