quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quatro operações

Sem mais nem menos
vamos nos construindo:
somas,
subtrações,
divisões,
multiplicações...
Não sendo únicos, mas operando,
operando as quatro operações!

domingo, 12 de junho de 2011

Unidade maternal

"Somos a luz desse mundo/ Somos o sal dessa terra
Somos todos filhos da terra/ E todos somos um..."
(Chimarruts)

Esta noite tive uma visão, uma sensação esplendorosa!
Senti-me como uma semente nutrida no grande ventre,
estática, eu não passava de um rebento
e dentro, nas entranhas da Mãe Universal
quietude plena senti.
Estava sendo gerada como outrora,
alimentada pela seiva de Gaia,
tão frágil me vi,
Senti a força do ventre dela,
senti os sons,
estado elevado,
inconsciência,
não-razão,
mais que estado, fenômeno inexplicável!
A mãe primordial esta noite me re-criou,
me levou novamente ao seu ventre
e me mostrou de onde vim.

-Unidade com a mãe, seu rebento sempre serei,
a estados mais profundos, com ela experimentarei!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Minha menina

Fostes gerada em mim,
tens vida própria, és sagrada,
mistério entranhado desde o ventre,
dádiva que não pude negar,
és Lua porque és celeste,
és deusa, és forte,
nasce e renasce diariamente perante os fracos olhos humanos,
mas na verdade, tua existência é eterna...
Regada por poetas e poetisas,
sonhada por Clio,
proclamada por Calíope,
cantada por Euterpe,
embalada por Polímnia,
desenhada por Urânia,
celebrada por Terpsícore,
colhida por Tália,
narrada em sonho por Melpômene,
e concedida a mim por Erato...
És menina, minha menina Lua
adorno celeste, presente na terra dos homens.
Que tua vinda me ensine,
me alegre, me amadureça...
És minha menina, e por isso, sobre a dança das nove musas,
te chamarei Lua.

...

Que os medos enrustidos em meu corpo
não me façam perecer...
Que o íntimo chagado, ferido
mais que dores, resultem também em aprendizado...
Estas lágrimas, que não cabem nesses olhos
regue sonhos vindouros...
O que fui, fui...
O que há por vir, virá...
São momentos pessoais, asas renascendo,
crises, tristeza,
por isso não me peçam um riso falso,
uma satisfação inexistente,
ou qualquer ato que não seja verdade,
pois a intensidade da vida consiste na verdade que nós damos a ela.
- Silêncio, eis agora meu amigo

sábado, 4 de junho de 2011

Multicor

Cores me despem
cores me (re)fazem
e sendo mais que uma reles aquarela
me transporto numa atmosfera multicor:
me faço em cores imagináveis,
tons variáveis,
mas nunca, nunca me pinto de uma cor só.
Sou retalho de cores,
sou colcha de pano bordada,
sou um corpo, tenho vida,
vida esta multicor!
Cores quentes e frias,
estas são a minha mais diversa cor...
simples, multicor!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ciranda

Ao passo dessa ciranda eu vou,
eu vou dançar,
alevantando a saia, pra em sua barra não pisar...
Ao passo dessa ciranda eu vou,
eu vou cantos entoar,
elevando a prece singela, à lua bela louvar...
Ao passo dessa ciranda eu vou,
eu vou o chão pisar,
religando-me com o sagrado, aos quatro elementos minha prece elevar.
Ao som dessa ciranda eu vou,
eu vou, eu vou voar:
porque a poesia e a imaginação fazem minhas asas funcionar!
Ao som de uma ciranda eu vou...
Ao som dessa ciranda eu vou...
Vou voar!

Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...