
Fostes gerada em mim,
tens vida própria, és sagrada,
mistério entranhado desde o ventre,
dádiva que não pude negar,
és Lua porque és celeste,
és deusa, és forte,
nasce e renasce diariamente perante os fracos olhos humanos,
mas na verdade, tua existência é eterna...
Regada por poetas e poetisas,
sonhada por Clio,
proclamada por Calíope,
cantada por Euterpe,
embalada por Polímnia,
desenhada por Urânia,
celebrada por Terpsícore,
colhida por Tália,
narrada em sonho por Melpômene,
e concedida a mim por Erato...
És menina, minha menina Lua
adorno celeste, presente na terra dos homens.
Que tua vinda me ensine,
me alegre, me amadureça...
És minha menina, e por isso, sobre a dança das nove musas,
te chamarei Lua.