segunda-feira, 6 de junho de 2011

Minha menina

Fostes gerada em mim,
tens vida própria, és sagrada,
mistério entranhado desde o ventre,
dádiva que não pude negar,
és Lua porque és celeste,
és deusa, és forte,
nasce e renasce diariamente perante os fracos olhos humanos,
mas na verdade, tua existência é eterna...
Regada por poetas e poetisas,
sonhada por Clio,
proclamada por Calíope,
cantada por Euterpe,
embalada por Polímnia,
desenhada por Urânia,
celebrada por Terpsícore,
colhida por Tália,
narrada em sonho por Melpômene,
e concedida a mim por Erato...
És menina, minha menina Lua
adorno celeste, presente na terra dos homens.
Que tua vinda me ensine,
me alegre, me amadureça...
És minha menina, e por isso, sobre a dança das nove musas,
te chamarei Lua.

4 comentários:

  1. que passa nesse misterio?
    te sigo, cego, sigo.

    ResponderExcluir
  2. Se ao certo eu soubesse quem é o anônimo, poderia explicar o que é esse mistério...

    ResponderExcluir
  3. QUE PURESA, E ENCANTADORA SUAS PALAVRAS, FIQUEI MUITO EMOCIONADA COM ESTA LINDA E CINGELA POESIA, PARABENS EU TENHO UMA GRANDE SURPRESA PRA VOCÊ! AGUARDE RSSS...BEIJOS DA AMIGA JAQUE.

    ResponderExcluir

Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...