segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sou eu só, só eu

Em papeis velhos e desbotados

faço minha existência existir,

em palavras antigas, retrógradas,

me transcrevo só.

Os papeis sou eu...

As palavras sou eu...

Sou eu só,

Sou eu somente palavras

em que leitor algum sabe decifrar;

Sou código indecifrável,

papiro perdido no tempo,

matéria orgânica para tantos erros e acertos,

por quê não?
Sou eu só...

Sou mais que imagem,

problema semiótico,

antibiótico da constância.

Sou eu só...

Só eu!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...