sábado, 7 de julho de 2018

Filhos do Riso

Olha, olha lá no céu:
O sol poente se transfigurou num enorme nariz vermelho,
Onde adulto algum consegue enxergar...

Venham, venham brincar de verdade,
Deixar saltar a criança desperta que há em nós
Observar seu lado torto,
E com ele, sorrir sem juízo algum.

Faça, faça valer a pena
O tempo que bambeia, mas não pára:
Chore, ria, oferta poesia, seja luz
Assim se quiser

Mas não tarde em descobrir-se palhaço,
Em sentir gozo nas cores bobas que a vida tem
O espetáculo maior é o aprendizado:
E ser bobo tem lá suas vantagens (ôh se tem)!

Cresçam, filhos do riso
Multipliquem-se, ergam a lona
Pintem a cara, brinquem,
Sejam sagrados: a Terra necessita do teu encantamento!
E por mais que não entendam e apenas riem da tua figura,
Embaixadores e semeadores do riso:
Jamais permitam que o vosso legado seja extinto pela frieza e dureza dos tempos que virão...

2 comentários:

  1. Poema nascido da experiência vivida na oficina "descoberta do palhaço interior", com Cláudio Morais.

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Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...