 Hoje vi a face brasileira que não é exposta nos outdoors, que não é mostrada nas propagandas políticas, que não é retratada nas novelas e nem mesmo nos programas da mídia. Hoje, juntamente com as nuvens, tive uma visão periférica ao qual eu nunca tinha visto antes. Hoje saí pelas ruas e resolvi desvelar o que estava velado. Hoje o mundo desconstruiu-se, ou melhor, a parte de mundo que eu conhecia desfe-se, e abriu passagem para uma outra realidade. Hoje conheci o barro... a lama. Conheci cientimente o descaso de toda uma lógica neoliberal, ao qual ousa abafar e maquiar a força e a relevância de um povo. Povo vilipendiado, martirizado, ameaçado por um exército econômico, por um governo fetichista, por um sistema excludente...
 Hoje vi a face brasileira que não é exposta nos outdoors, que não é mostrada nas propagandas políticas, que não é retratada nas novelas e nem mesmo nos programas da mídia. Hoje, juntamente com as nuvens, tive uma visão periférica ao qual eu nunca tinha visto antes. Hoje saí pelas ruas e resolvi desvelar o que estava velado. Hoje o mundo desconstruiu-se, ou melhor, a parte de mundo que eu conhecia desfe-se, e abriu passagem para uma outra realidade. Hoje conheci o barro... a lama. Conheci cientimente o descaso de toda uma lógica neoliberal, ao qual ousa abafar e maquiar a força e a relevância de um povo. Povo vilipendiado, martirizado, ameaçado por um exército econômico, por um governo fetichista, por um sistema excludente...Mas não, não me admiro por ter conhecido tal face, por ter contemplado tal situação... mas porque hoje, justamente hoje, simplesmente hoje tirei meus pés do asfalto e os pus no barro. Meus pés não só pisaram no barro, como também entenderam que eu e o barro somos um, e nós, efetivamente somos POVO. Enquanto meus pés interagiam com o barro, dividindo da mesma essência, esquecendo a quentura do asfalto, o tumulto da metrópole, a guerra do consumismo...
Eu e o barro, eu POVO, vi e presenciei a fome, os subúrbios amontoados, as escolas depredadas, mas em contrapartida desses aspectos pesados, consegui, junto ao barro, ter acesso à face humana e altruísta. Esqueci-me por instantes da competitividade, da ganância e da vontade de ser maior que os outros, por que isso longe do tapete cinzento do asfalto, não tem tanta importância...
Enquanto o governo maqueia a face do povo, enquanto o neoliberalismo procura do barro instituir o asfalto, eu, com os pés no barro, hoje vi que a humanidade ainda tem remédio...
Que as crianças são a esperança, que a educação pode revolucionar, que a política deve e tem que ser execida e praticada pelo povo. Eu sou povo, e acredito em mim, POVO!
O que vi hoje é apenas uma ds diversas faces do povo brasileiro.
Pus os pés no barro e não me arrependo de hoje, ter me reconhecido como povo, capaz de solucionar grande parte dos problemas sociais a partir da minha voz rouca e baixa, mas que junto a milhares iguais à mim, a voz soaria em tom resonante, se faria ser ouvida...
O que vi hoje, nunca hei de esquecer!   
 
 
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