
Encostada nesses ombros sinto mais leve meu pesar
como se carregasse minhas dores e meus medos
na leveza das rosas amarelas.
Sinto-me vulnerável e protegida,
e essa duplicidade me desprotege, me auto-questiona:
sendo frágil, teimo em ser forte!
Sendo forte, forjo-me  ser intocável...
Mas sendo assim, afasto e intimido os ombros que buscam minha face,
que procuram uma sutileza inexistente em mim,
que geram esperanças românticas
e se apavoram ao me revelar direta e talvez fria...
Assim se faz meu combate!
Na pinta de heroína há resquícios de fragilidade,
mas só o espelho os revela.
E mesmo que esse ombro me permita descansar
tenho medo, me refugio na solidão
e sigo a história solitária da rosa no jardim...
 
 
Deu vontade de escrever...
ResponderExcluirComo tudo me dói
Sangra por dentro
Estigmatiza, perpetua-se por fora
Mostra o rosto
Esconde os olhos
Não são mais meus
Vêem o que não vejo
Eu vejo o que eles não falam
Não querem falar
Não, não,
Não olham
Não olham por dentro
Olha pra fora
Não enxergam o que sentem
Mentem, mentem,
Mentem quando choram
Silenciam-se quando não choram
Esfacelam-se por dentro
É quando já morrendo estão
Quando sentem e não falam
Não conseguem exprimir o que sangra por dentro
O espinho da rosa não chora
Nos sangra a rosa com a ausência do espinho
O espinho só não chora
Mas chora quem não consegue arrancar o fico do espinho
Tudo dói
Corre já o sangue, o sangue da rosa sem espinho
Sua seiva molha
Vermelha a palidez natural da rosa
Fere nossos olhos
Com a ausência
Da ausência da essência da que foi um dia a rosa
À flor a quem se esqueceu de extrair mais espinhos
Escandalizada estou! TEnho uma amiga poetisa que com suas palavras me devora... Fantástico, flor da luz.
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