
Durante esta manhã, olhava uma moça,
de cabelos negros e olhos vivos, era-me conhecida ela.
Na inquietude de seu corpo, de seu portar misterioso,
de seu colo magro e instigante, pude ver que emanava desejo e magia,
feminilidade, potencialidade... poesia.
Deixei-me levar por seus traços hostis, por seu desenho feito à grafite,
sem cuidado, tamanha rudez a envolvia, e eu olhava-na...
reconhecia-na de algum lugar, mas de onde?
A manhã foi seguindo, meio ensolarada, meio encoberta,
porém encoberta era a figura que meus olhos não ousavam desencarnar.
Aparentemente forte, a reconheci de meus sonhos utópicos,
de meu baú repleto de quinquilharias,
das recordações de minha infância já desbotada...
Quem era ela? Quê era ela?
Não sei, não sei, mas sei que seu semblante enrustido em mim está.
Talvez ela seja eu, seja o sonho meu sobre mim mesma...
Quem sabe?
 
 
Poema meio cartesiano... rsrs
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