sábado, 10 de julho de 2010

Amargas Margaridas, tudo isso é vida!

Hoje passeei por um jardim de floridas margaridas,
de flores amargas, margaridas,
de sonhos enterrados feito semente,
de adubos escuros e frios,
mas também eficientes.
Presenciei o desabrochar de uma rosa,
rosa sedenta de vida,
vi um beija-flor roubar a virgindade de uma flor,
vi uma borboleta de asas coloridas
pousando na folha que posava pra mim...
Passeei por um jardim,
vi flores, encantos, dores e desamores
reconheci quando plantei cada umas delas,
recordei o tempo em que colhi o que plantei,
mas consegui, analogamente,
identificar que tudo é vida:
cada réstia de tristeza, amargas margaridas;
cada filete de felicidade, plantio e colheita;
cada movimento da mão, da mãe, da terra...
estou cuidando do meu jardim, e espero que ele também cuide de mim!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Condão

Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...