linha e agulha, mãos e tecido,
todos unidos pela mesma decorosa atenção,
ao surgir da luz, ao labutar contra  a escuridão,
repentinamente, num movimento não são,
a agulha perfura a carne, do dedo, o sangue em gota
como qual orvalho da dor:
a mulher é artesã da vida, cose e fura,
sangra e geme, mas nunca deixa de emanar
a doçura sua graciosamente.... 

 
 
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