quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Rosas arrancadas

Não me deti às dores causadas pelos espinhos,
ao aroma que exalavam,
às cores que pulsavam...
Arranquei as rosas e as pus sobre mim:
não feri minhas mãos tanto quanto meu coração,
não sujei-as tanto quanto meus pés,
mas as arranquei...
Nem por amor, nem por dor,
por nada,
apenas por meu querer,
pra satisfazer meu ego
e vê-las,
junto a mim, faceler...
arranquei as rosas e as pus sobre mim:
para amenizarem minhas dores,
sanar as carência,
apagar as ausências
e me ouvirem falar.
Eis o único motivo simplório
pelo qual matei-as:
matei-as para verem elas também o meu sucumbir...
sábado, 18 de dezembro de 2010
Saia-dela

um balaio de cores, tantas cores,
tantas flores, muitos sons:
que eu me encanto, fascinada,
não digo nada,
me envolvo, me excito
no balanço do balaio de cores dela.
Na cor da pele dela
histórias sem fim,
melanina, mel e canela,
renascendo no fulgor
na barra da saia da moça de cor.
No emaranhado das madeixas dela
pensamentos martelam
enquanto que as cores dela
o mundo conduz...
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Simples canção

terça-feira, 7 de dezembro de 2010
B(r)anco Homem

sábado, 27 de novembro de 2010
Filha das águas

Àquela que se foi...

domingo, 21 de novembro de 2010
O homem sob a boina...
“O homem sob a boina é forte e fraco,
É velho, mas é jovem, é santo e algoz...
É mortal com alma imortal...
O homem sob a boina traz em si um carisma jovial,
Uma ânsia de aprender, um gosto pelo saber...
Ainda está aprendendo, mesmo com tanto saber, ainda só sabe que nada sabe...
Pensamos todos nós juntamente com sua pessoa: também sabemos que nada sabemos!
O homem sob a boina é autêntico,
Mas traz em si um pouco de todos: a figura paterna, a luz do mestre,
A sabedoria da filosofia, a humanidade quase perdida...
O homem sob a boina é grande e pequeno,
É sagaz e simples,
É Max, mas também é Basso, é de todos e de ninguém...
O homem sob a boina ensina muito e aprende mais,
Instiga, confronta e ama, sobretudo o seu ofício:
É professor, é educador!
Tamanho prazer é vê-lo presente nos tempos remotos de Heráclito,
De Aristóteles, de Plotino...
Possível é vê-lo flanando junto a Sócrates, procurando o homem junto a Diógenes, e sendo querido tanto quanto Abelardo...
Prazer enorme é ouvi-lo... É vê-lo empolgado com Lévinas,
Extasiado com Heidegger,
Degustando um bom vinho e uma bela poesia.
O homem sob a boina pensativo em silêncio é uma aula eloqüente da mais pura filosofia,
Dispensa o uso da palavra, sua ontologia jovial torna- nos constantemente renovados.
Boina, óculos, colete, jeans e Adidas: mesmo por entre esses artefatos,
Sua figura é impossível de ser apagada.
Seus pergaminhos, jamais serão extintos!
Tornou-se exemplo, tornou-se terno,
Tornou-se aquele ente feito de carne e osso, membro e braço,
A nossa lenda viva, a pedra fundamental, grande figura:
Professor Basso!”
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Etapa

quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Vendas²
domingo, 7 de novembro de 2010
Enigma

sábado, 6 de novembro de 2010
Cara pintada
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Ósculo corrupto

terça-feira, 26 de outubro de 2010
Meu ar

sábado, 23 de outubro de 2010
Anti-plágio
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Meus demônios

sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Eu
sem gênero, sem sexo, sem classe, sem ofício:
terça-feira, 5 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Chuva que lava, que leva... que rega!
domingo, 26 de setembro de 2010
Religare
Fato

domingo, 15 de agosto de 2010
Sophia, amante minha
domingo, 8 de agosto de 2010
Nua
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Fruto pro(l)ibido
sábado, 31 de julho de 2010
Sagrado ato
terça-feira, 20 de julho de 2010
Fim
sábado, 10 de julho de 2010
Amargas Margaridas, tudo isso é vida!
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Roubaria tuas vestes...

tuas vestes renegara,
Tic tac

'são noves horas'
...
terça-feira, 6 de julho de 2010
Puta nostalgia...
teu espaço sempre determinado...
teu desenho que se completava ao meu!
Acordei na imensidão da cama que foi feita pra nós,
do espaço onde cabia a nossa pequenez,
a nossa extensão,
o nosso chamego,
e de repente, sem saber ao certo por quê
quis acordar sozinha!
Quis imperar pelo espaço que julguei precisar,
quis voar longe por minha liberdade
quis amar Narciso,
escolhi a mim!
Nessas manhãs então, onde teu cheiro me incomoda
onde meu corpo insiste pelo teu sexo,
corro e amo a ducha...
mas sei que eu me basto!
Assassinato

deixaram novamente a mãe triste...
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Mon extase Carmélite

levei o Carmelo pra casa, sem saber
Dura existência

do tempo que eu era criança
?

domingo, 4 de julho de 2010

em seu trono, em seu reino
agora iluminada e simpática como Sophia...
sexta-feira, 2 de julho de 2010

O violão, a harpa, a rabeca e o pife reverteram suas musicidades
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Apolínea e dionisíaca
Sagrado, segredo feminino revelado
Uma mulher se fez lua
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Flor-Eu
Tua luz, meu refúgio
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Se ainda (n)esta noite
Nossa sentença
A um amigo...

quinta-feira, 3 de junho de 2010
Condão
Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...
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Quando escrevo, não imponho limites: Me derramo, me desvelo, A poesia então num ato de cerzir Emenda minha existência com a dela. ...
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Lá no alto, na longíqua abóboda escura, avistei cá de baixo um brilho estonteante, dentre tantos corpos celestes, apenas ela me encantou. Tí...